domingo, 21 de outubro de 2007

Novo Tratado e os Palhaços do Costume

Nasceu o Tratado de Lisboa. Depois de seis anos de grande crise política no seio da UE pelo chumbo do antigo Tratado Constitucional em referendo em França e na Holanda, será já no próximo dia 13 de Dezembro que será assinado o tão ansiado Tratado Reformador. Ao longo deste ano de 2007, as preocupações dos líderes europeus viraram-se para a ratificação deste tratado. Penso que ele foi possível devido à feliz conciliação de duas presidências de grande qualidade da UE deste ano: Angela Merkel e José Sócrates. Aplicaram-se a fundo neste objectivo imperativo para a vida dos europeus e, sem dúvida alguma, a Europa terá um novo arranque em força, para se assumir como maior potência mundial, apesar da cada vez maior diversidade de nacionalidades e culturas. Penso que novas entradas para a UE devem ser muito bem pensadas e com critérios cada vez mais rigorosos, em nome de uma unidade que se quer sólida e para durar. Por isso, a adesão dos países dos Balcãs, da Turquia e alguns países de Leste devem ser processos não prioritários. No entanto, isto são contas de outro rosário...
Voltemos ao Tratado. Como já é habitual neste país, os palhaços do costume não tardaram a aparecer [PCP e BE, obviamente]. Antes de, sequer, felicitar o Primeiro Ministro pelo grande sucesso a que conduziu as negociações (como fez, e muito bem, o CDS-PP), exigiram, sem apelo nem agravo, um referendo. E mais, declararam-no como uma promessa eleitoral do PS. A estes meninos da Esquerda Ridícula algumas ilações: o PS prometeu um referendo para o Tratado Constitucional. Este tratado é significativemente diferente e com menor abrangência que o anterior; referir que há que dar voz aos cidadãos, é hipocrisia: quase ninguém sabe o que está neste tratado. É algo demasiado técnico para que possa ser debatido com seriedade. Arriscava-se a ser, apenas, mais um exame à actuação do Governo. E a Europa não pode ficar refém da estupidez de muita gente, que não percebe o alcance de coisas realmente importantes.

Última nota: nas eleições europeias de 2004 a abstenção chegou aos 60%. Ainda acham que o povo português está interessado em dar a sua opinião sobre este Tratado, se nem sequer vai elegar os deputados para o Parlamento Europeu?

1 comentário:

Silly disse...

"Porreiro pa', porreiro !!!!!!!!!!"

E' normal dps d fexado um acordo entre líderes isto ser axim ne'?

Giro foi akele abraco apaneleirado do fim..

x)