quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Grande Shipadela!!

Parabéns Candeias!

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Objectivos 2009 - Parte 2

Devido a acontecimentos dos ultimos dias de 2008...tenho mais dois desejos para 2009:

- Deixar de segrobiar big stacks em torneios
- Que o Prison Break deixe de parecer uma telenovela mexicana

Agora sim, despeço-me deste ano. Bom 2009 para todos

domingo, 28 de dezembro de 2008

Objectivos 2009

Agora que 2008 está praticamente no fim, espaço para a definição de objectivos na vida. Em termos gerais, e em primeirissimo lugar:

- ACABAR O CURSOOO!!!!!

No poker, é um pouco complicado establecer objectivos. Há meio ano atrás, nunca diria que no final de 2008 estaria na situação em que estou, por isso, não faço a minima ideia do que vai acontecer. De qualquer forma, linhas gerais para este ano:

- Participar em, pelo menos, 8 eventos da Solverde Season (se possível, incluindo o Main Event)
- Participar nos Betfairs (são torneios imperdíveis)
- Focar-me em tournaments online
- Participar em mais torneios ao vivo, nomeadamente do Lisboa Poker Club
- Dinamizar a Bésta Poker Team
- Sair da cepa torta e subir de nível nos SNG
- Prosseguir a aprendizagem

Deixo de fora o famoso torneio da Betsson no Estoril. Apesar de ser um torneio extremamente atractivo, não possuo banca para me meter neste tipo de aventuras, até porque acredito que este torneio não seja uma excepção, mas sim o primeiro de muitos. Por isso, outras oportunidades virão.
Bom ano para todos os leitores deste blog!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Miserável

Pedro Henriques, vai pró caralho!

É assim que inicio este post, onde não terei qualquer tipo de contemplações nem cuidado com a linguagem, até porque não consta que tenha leitores menores de 18 anos.

Sugiro, aliás, que vás levar no cú de três cavalos ao mesmo tempo. Proponho, ainda, que sejas queimado na Praça do Comércio, num espectáculo promovido por várias entidades públicas, para dar sentido à expressão "Serviço Público". Depois de queimado, ainda deverias ser passado a ferro por um camião TIR e, de seguida, por um rolo compressor

És nojento, conseguiste-me por a odiar-te mais que ao Pinto da Costa. És miserável, devias levar com três elefantes a cagar-te em cima.

És uma verdadeira vergonha nacional. A ti, e só a ti, desejo-te um péssimo Natal.

A todos os leitores deste blog, um Bom Natal e um feliz 2009!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Vencedor Antecipado

Depois do anúncio de Santana Lopes como candidato à Câmara Municipal de Lisboa, dentro de momentos teremos...
António Costa a dar uma conferência de imprensa a proclamar vitória para a sua reeleição!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Perdoai-o Deus...Porque Ele Não Sabe O Que Diz

Apresentação Solverde Season 2009

Foi hoje apresentada a Solverde Season 2009. Sem rodeios, passo a apresentar o calendário para o próximo ano:

#1 - 17 e 18 Janeiro -Espinho - 110€
1 Rebuy ou 1 Add-on de 50€
5000 fichas iniciais + 5000 R ou A
Níveis de 35 minutos

#2 - 7 e 8 Fevereiro - Vilamoura - 110€
1 Rebuy ou 1 Add-on de 50€
5000 fichas iniciais + 5000 R ou A
Níveis de 35 minutos

#3 - 7 e 8 Março - Espinho - 110€
1 Rebuy ou 1 Add-on de 50€
5000 fichas iniciais + 5000 R ou A
Níveis de 35 minutos

#4 - 4 e 5 Abril - Chaves
110€
1 Rebuy ou 1 Add-on de 50€
5000 fichas iniciais + 5000 R ou A
Níveis de 35 minutos

#5 - 9 e 10 Maio - Praia da Rocha - 110€
1 Rebuy ou 1 Add-on de 50€
5000 fichas iniciais + 5000 R ou A
Níveis de 35 minutos

#6 Special - 6 e 7 Junho -Vilamoura - 350€
Freezeout (sem rebuy ou add-on)
10.000 fichas iniciais
40 minutos

#7 - 18 e 19 Julho - Espinho - 110€
1 Rebuy ou 1 Add-on de 50€
5000 fichas iniciais + 5000 R ou A
Níveis de 35 minutos

#8 - 8 e 9 Agosto - Espinho - 110€
1 Rebuy ou 1 Add-on de 50€
5000 fichas iniciais + 5000 R ou A
Níveis de 35 minutos

#9 - 5 e 6 Setembro - Espinho - 110€
1 Rebuy ou 1 Add-on de 50€
5000 fichas iniciais + 5000 R ou A
Níveis de 35 minutos

#10 - 3 e 4 Outubro - Vilamoura - 110€
1 Rebuy ou 1 Add-on de 50€
5000 fichas iniciais + 5000 R ou A
Níveis de 35 minutos

#11 - 7 e 8 Novembro - Chaves - 110€
1 Rebuy ou 1 Add-on de 50€
5000 fichas iniciais + 5000 R ou A
Níveis de 35 minutos

Main Event - 5 e 6 Dezembro - Espinho - 1.100€
Freezeout (sem rebuy ou add-on)
15.000 fichas iniciais
45 minutos

Principais Novidades:
- Em primeiro lugar, a existência de um Main Event com um buy in muito superior ao habitual. Acho que é positivo para a evolução da modalidade e contribuirá, com certeza, para que seja um torneio absolutamente espectacular. Talvez um pouco exagerado...mas compreende-se
- O aparecimento da Praia da Rocha no calendário da Solverde Season
- A existência de um torneio em Agosto. Ficar mais dois meses sem torneio não dava com nada, realmente lol
- Os torneios de encerramento, ao Domingo, passarão a ter um buy in de 220€, limitado a 60 pessoas
- Apenas os 10 primeiros classificados do ranking Solverde terão acesso a entrada gratuita para o Main Event
- Por último, o Masters Solverde Season. Consistirá num Sit & Go composto pelas 30 pessoas lideres do ranking Solverde Season. O prize pool será no valor correspondente ao acumulado do Prémio Jackpot (2% do prize pool de cada uma das 12 etapas da Solverde Season)

Críticas
- Apenas uma: a estrutura dos torneios normais não foi alterada. Nem as stacks iniciais, nem os niveis, nem o número de ITM foi alterado. Isso contribuirá para a continuação da verdadeira roleta que se vive nos 20 últimos, pré-bubble. Infelizmente, foi algo que foi chamado à atenção à organização por vários jogadores, eu inclusive, que nos foi dito que seria pensado mas, infelizmente, não foi alterado. É esta a minha única critica à Solverde Season 2009.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Foi O Vazio...

Em primeiro lugar, destacar que foram quatro dias fantásticos de poker e, acima de tudo, de grande convivio, até porque, por força de resultados recentes, muita gente começa a conhecer-me e a dar-me algum crédito. Parabéns a toda a organização pela grande festa que foi este encerramento de temporada, esperando que determinadas lacunas sejam corrigidas para o próximo ano. Estou em crer que assim vai acontecer.

Passemos então ao relato dos 4 dias de poker:


Sexta Feira, Super Satélite

Era dia de Super Satélite para o ME. Torneio de 55€ freezout, com 170 jogadores, 23 entradas para o ME mais 195€ para o 24º.

Este torneio foi o reflexo do fim de semana. Quando esperava que pudesse haver uma boa jogabilidade, percebo que as blinds crescem desmesuradamente e, por isso, não havia muito a fazer. A palavra de ordem era arriscar.

Primeira jogada de realce: blind a 50, em UTG+2 com 99 faço raise para 250, levo call de CO e BB. Flop K 9 3 (2 espadas). Faço check, CO bet de 1000, BB fold e eu raise para 2500. CO faz all in e eu faço easy call, com o meu primeiro set da história em torneios Solverde. O CO, o senhor Fernando Pinto Basto, tem 6 2 de espadas e o turn traz-lhe o flush. River não me traz o full house e ao final de 5 jogadas, tou reduzido a 400 fichas. Logo de seguida vou a all in com K Q e faço split pot. Pouco depois, dobro com 4 4 vs K 2 e depois com 6 6 vs A x (já não me recordo da outra carta). Chego às 5 mil fichas e estabilizo. O problema é que a blind sobe a um ritmo estonteante e já com apenas cerca de 60 jogadores, a blind já em 1600, se não me engano, na BB recebo A J de espadas. Mais uma vez, o Sr. Fernando faz raise 2x a blind...e eu com pouco mais que 3 mil atrás, sou praticamente obrigado a fazer all in. Ele tem A Q, board sem história e estou fora do Super Satélite.

Os restantes companheiros de viagem não tiveram melhor sorte. Aguilar cedo se viu fora do torneio. Candeias através duma daquelas pissadas à antiga (99 vs AA) constrói uma stack monstra e cedo se apodera da chip liderança do torneio. No entanto, em seguida, adormece e acaba por morrer às blinds, terminando em 34º, supostamente a 10 lugares dos prémios, sendo que depois, com o chop realizado, apenas ficou a 7 lugares. Pouco antes tinha perdido Jota que nunca conseguiu construir uma grande stack. A primeira ronda revela-se claramente falhada!


Sábado, dia 1 Main Event Solverde

O dia 1 do ME foi curto, durou apenas cerca de 5 horas, tendo-se jogado 6 níveis. Torneio freezout de 350€, níveis de 45 minutos, 280 jogadores com 30 lugares premiados.

Sou colocado numa mesa bastante complicada. Ao meu lado esquerdo tenho Acácio Rocha, vencedor da última edição do Solverde, em Chaves, e WolfieAA. À minha direita tenho aquele nórdico maníaco que dá pelo nome de Flemming Berg, que disputa as suas blinds como se se tratasse da sua vida. Pior que isso, tinha o Addict, o jogador mais sick que eu alguma vez vi numa mesa de poker. Foi um dia sem grande história nas primeiras horas, joguei poucos potes e mostrei-me mais tight do que aquilo que pretendia. Um dos poucos aspectos positivos deste comportamento foi a atitude de grande respeito por mim que o Addict mostrou (pudera, eu quase não me mexia!!!).

O dia acaba por ficar marcado por 2 jogadas que me deixaram irritado, nem sei muito bem com o quê ou com quem. Na primeira, tenho A 9 off na BB, com a blind a 150, WolfieAA no UTG+1 faz raise para 550 e leva 3 call. Eu penso: Se vier o A, provavelmente estarei batido no kicker; se vier o 9, acredito sinceramente que o WolfieAA, pelo menos, tem overpair e também estou batido. Faço fold e atiro as mãos à cabeça quando vejo 9 9 7 no flop. WolfieAA e Addict envolvem-se num pote gigantesco, sendo que no river vem outro 7. Vão os dois jogadores a all in e tal como previa WolfieAA mostra QQ mas Addict mostra um sick K 7 e leva o pote. Não digo que eliminasse os dois jogadores mas...se tivesse ido teria subido para cima das 20 mil, com certeza.

Segunda jogada: tenho A Q de espadas no botão, blind a 300. UTG, jogador com uma stack já monstra, faz raise para 1050, o jogador do ISEG à minha direita, no CO, faz call e eu também faço call. Entretanto, Acácio Rocha já tinha sido eliminado e à minha esquerda, na SB, está I_Ball, do Lisboa Poker Club, e faz all in de 5500 fichas. O jogador UTG faz fold e o CO faz instant call.Eu penso: só há duas opções, ou fold ou push. No entanto, a minha fold equity era terrível, o CO já tinha 5500 fichas num pote de 13500. Ou seja, ele teria que colocar apenas mais 5 mil fichas, neste caso já para um pote de cerca de 30 mil fichas. Como ele tinha atrás cerca de 13 mil fichas, faço fold e fico absolutamente maluco quando vejo que ele faz call ao all in do short com Q 9 de ouros!!!! O short tem A J, no flop vem um J e eu no river fazia flush. Aqui fico verdadeiramente irritado com aquele call absolutamente idiota e ele fica marcado. De tal forma que, passado pouco tempo, faço raise UTG para 1100 com A K de paus, tudo fold até à BB (o jogador do Q 9, que na jogada anterior tinha feito call a outro all in com K 10), e ele faz all in das suas restantes 8 mil fichas. Nem hesito e faço instant call e vejo o J J do adversário. No flop sai imediatamente um A e subo até às 17350, com que termino o dia.



No final deste dia, João Candeias situava-se, também, acima da média, com 15400, enquanto que Aguilar tinha 12700 e Carlos Lopes 8200.

Domingo, Satélite Final WCP - Selecção Portuguesa

Para Domingo esperava-se um grande dia. Logo pelas 13 horas realizava-se o satélite final para o Poker Stars World Poker Cup, com a minha presença e de outros 3 portugueses: Filipe Baptista, Eduardo Ferreira e Miguel Almeida, jogador de futsal do Belenenses.

As expectativas estavam bastante altas e confesso que iniciei o torneio um pouco nervoso, devido à elevada responsabilidade. Nos primeiros 2/3 niveis de blinds também não tive mãos jogáveis, sendo que me guardei para uma fase posterior. A primeira mão de realce é simplesmente surreal. Blind a 100, tenho K J de espadas no botão. Tudo fold até ao CO que faz limp e eu raise para 300, SB e BB fold, CO call. No flop sai 9 9 5 (2 espadas). CO check eu bet 350, CO call. Turn 7 de espadas para flush. CO de novo check, eu bet de 550 e call. River vem 8, depois do check eu faço all in das minhas poucas fichas (300) e ele faz call com...A 2 off!!! Enfim...obrigado!

Nesta altura já Filipe Baptista tinha sido eliminado em 9º lugar no seu SNG, deixando-nos numa posição mais complicada. Ao dobrar, sinto que tenho a mesa praticamente dominada, pois os outros 2 big stacks cresceram à base de pissadas enormes e não pela sua qualidade. Até que ficamos 4 jogadores e surge a primeira jogada muito complicada. Um jogador que até aí se mostrara bastante tight mas que agora começava a envolver-se em bastantes potes, faz raise na SB e eu na BB faço call com A 9. No flop sai 10 6 2. Ele faz cbet de 400 e eu calculo que ele falhou o flop e pode largar a sua mão. Faço raise para 1200, sendo que ele para pagar ficava apenas com 400 atrás. Ele pensa imenso...mas acaba por fazer push e eu sou obrigado a pagar as restantes 400 fichas. Ele mostra 7 7, o turn e river não trazem boas novidades e sofro um duro revés. Pouco depois, envolvo-me numa luta de blinds com um jogador que tem o mesmo número de fichas que eu. Com a blind a 200, faço raise na SB com A K de ouros para 600 e ele faz-me all in de 2200 fichas. Eu faço call e ele mostra 9 9. O flop traz um K e o hotel onde estávamos instalados quase vem abaixo com os inúmeros gritos de alegria. No entanto, a Stars estava decidida a não ter portugueses no WCP e traz um 9 no turn. Para completar o cenário, vem um K no river. Foi o vazio...

Restavam Miguel Almeida e Eduardo Ferreira. O primeiro encontrava-se numa mesa bastante tight e com muito pouca acção. Acaba por envolver-se num all in pré flop com A K de paus, vai contra A Q, o flop traz 2 paus, dando apenas 2 outs ao adversário, sendo que o malfadado turn traz um dos 2 outs e o river não traz o desejado flush. Miguel eliminado em 7º lugar e as nossas aspirações terminavam aqui.

Já sem nada a perder, Eduardo arrisca uma corrida com 6 6 vs A 8, saindo derrotado. Logo de seguida, short, vai a all in com A Q, recebe call de A 8 e para completar a machadada, sai um 8, terminando em 4º lugar no seu SNG. A nossa prestação resultou nuns injustos 23 pontos. O sonho Bahamas morria ali e não só. Fico totalmente desesperado com a forma como as coisas se desenrolaram e isso acabaria por ter graves reflexos no meu segundo dia de torneio.

Fica o registo da entrevista comigo e com o Eduardo Ferreira para o PokerPT:

Fica também disponível o link com a noticia no referido site:

http://noticias.pokerpt.com/18-world-cup-poker/2553-portugal-nao-se-apura-para-o-pokerstars-world-cup-of-poker.html

Domingo, dia 2 Main Event Solverde

Reorganização de jogadores e vou parar à mesa de vários nomes conhecidos. Tenho Flipsen à minha direita, Rute Candeias e Tikita à minha esquerda, Mourinho, Vaxkituh, BBLisboa e Miguel Diniz mais afastados.

O dia até nem começa mal. Tenho A Q em UTG, blind 400, faço raise para 1100 e levo apenas call de Flipsen na BB. Flop K 6 5, ele check, eu bet 1300 e ele instant call. "Tou fodido", penso eu. No turn lá vem o A e ele mostra um grande desagrado e faz check. Tendo em conta o jogador que era, talvez pudesse ter feito check mas optei pela bet de 2100, com instant fold da BB.

Subo até às 20 mil fichas e pronto, começa a parvoíce. Vaxkituh em MP, blind a 600, faz raise pra 1500, eu no botão com K 9 faço call e Tikita na BB também call. Flop K Q x, Check, Vaxkituh 2 mil e eu faço call, Tikita call. Turn x, ele 3 mil, e aqui demoro bastante na minha decisão porque se faço call fico commited, ele tem apenas mais outro tanto atrás. Estupidamente faço call e no river com uma blank pago outro tanto para ver o K Q dele. Pessimamente jogado!

Fico com 11 mil fichas e o pior estava para acontecer. Miguel Diniz mini raise para 1600 com a blind a 800 em UTG+1, eu em MP com 99 faço horrível re-raise para 4200, ficando totalmente commited. Ele coloca-me imediatamente em all in e eu com total resignação faço call para ver o AA dele. Totalmente merecido, fiz um péssimo torneio, um enorme retrocesso depois da boa prestação no BPPT.

Pouco antes, Candeias já tinha batido de frente com A K na mesma parede e segrobiado toda a sua stack. Já Aguilar e Carlos estavam acima das 20 mil fichas.

Aguilar acabou por conseguir bons spots numa mesa que o respeitou bastante, à excepção dum donk que acabou por ter influência decisiva no seu torneio, dobrando-o para cerca de 100 mil fichas. A partir daí, nunca mais deixaria de ser uma big stack no torneio.

Pouco antes do jantar, Carlos arriscou as suas 20 e poucas mil fichas, já com a blind elevada, com A J contra AQ. No flop saiu um J mas o river trouxe uma Q.

Depois de jantar, assistiu-se a um ritmo frenético de eliminações. Destaque para a eliminação de Hooligato às mãos de Aguilar, já bastante short. Foi um verdadeiro passeio até às posições ITM, entrando seguramente no top 5. O caminho até à Final Table também não foi muito turtuoso, sendo que apenas houve uma jogada de grande destaque, exactamente a jogada para o bubble da FT. Numa mesa 5-handed, Aguilar raise no botão, Addict na BB faz all in e Aguilar instant call com J J. Addict mostra 9 9 e é eliminado. Aguilar assume-se como destacado chip leader da Final Table.

Segunda Feira, Festa do Poker

Iniciativa positiva do PokerPT, torneio com cerca de 350 pessoas, buy in de 25€, apenas a final table era premiada, stack inicial de 3 mil e niveis de 15 minutos. Apesar de ser uma roleta, foi bem positivo dar a oportunidade a novos jogadores de jogarem poker um pouco mais a sério.

Entrei em late registration, já no segundo nível e o meu torneio tem pouca história. Como disse o Hooligato, 85% daqueles jogadores tanto fazia jogarem com as cartas viradas para baixo como para cima, de tão previsiveis que eram. Eu, a jogar apenas pelo divertimento, decido meter-me em palhaçadas com o Candeias. Blind a 200, 2 limp, eu no botão decido roubar com K 7 e faço raise para 900. O Candeias não gostou de ver a sua blind atacada e faz all in.Os outros jogadores foldam e eu...CALL LOL! Mostra 5 5...flop Q 5 2..turn 7 river 7. O Kitten, como dealer, vingou-se da minha resistência no Off-Topic do Forúm. Logo a seguir vou a all in de 400 com 5 3 de paus, levo call de 10 10, no turn fico em flush draw e tenho a infeliz tirada de " Dá-me um PAU!!"...Muito triste mesmo!

Ouvi falar em rebuy??? Bora lá! Vou para outra mesa, o panorama é o mesmo até que...Candeias muda de mesa, pergunta onde eu estou e diz que quer ir para lá. Fazem-lhe a vontade e fica exactamente à minha esquerda. Em 5 minutos a blind sobe para 600 e e folda tudo até à minha SB. Com 2 mil fichas atrás, faço all in com any two (neste caso era 6 3 de paus) e cai-me tudo quando Candeias faz instant call...com 5 5 outra vez!!! Teve quase split pot mas não se concretizou...A palhaçada terminou ali, pelo menos para mim.



Inicia-se o show Yuran. Vejam só este imperdível vídeo:




Acabaria por rumar à Final Table, quedando-se pelo 7º lugar. Candeias ficou perto, em 20º.


Segunda, Final Table Main Event Solverde

Rapidamente foram encontrados os três primeiros eliminados do dia. Ferreira23 em 10º, Arise em 9º e Filipe Baptista em 8º caíram todos aos pés de LostLucky que assim assumia a liderança do torneio, com mais de 1 milhão de fichas.

Já com várias horas de jogo, Aguilar, com a sua imagem extremamente tight mas sólida acaba por fazer um espectacular move contra Eduardo Ferreira. Em luta de blind, Aguilar faz raise na SB para 36 mil, com a blind a 16 mil, Eduardo faz re-raise para 80 mil e Aguilar re-re-raise para 220 mil. Após um longo período de reflexão, Eduardo folda A J e Aguilar esfrega K3off. Muito bom!


Este jogador acabaria por ser eliminado em 7º lugar. Logo de seguida seria Miguel Diniz, eliminado numa corrida de 10 10 vs A Q contra Aguilar. Em 5-handed, o jogo tornou-se muito mais duro!

Depois de váras horas, Aguilar consegue eliminar Lostlucky, com um grande call de A 9 vs A 7 e torna-se chip leader destacado, outra vez, antes do intervalo para discussão de chop. Madjer quedou-se pelo 4º lugar e Aguilar, com uma enorme bad beat contra Tokas cairia no 3º lugar. O Heads Up seria rapidamente resolvido com a vitória de Policy.

domingo, 30 de novembro de 2008

Da Euforia Ao Balde De Água Fria

O título diz tudo...Quando já eu estava a sonhar com as águas quentes das Bahamas, vem o Candeias e atira-me com um balde de água fria, gelada, directamente vinda do Pólo Norte:
" Carlosss CALMAAA! Ainda falta mais uma eliminatória... " ... ... e pronto, desci à Terra :( :(

Ora cá vamos a isto: ganhei a entrada para a Team Portugal rumo ao WCP mas..ainda temos que disputar uma eliminatória contra outros 9 países, algo que eu desconhecia. Enfim...é a vida e eu e o Filipe Baptista faremos tudo para que Portugal consiga inscrever o seu nome, mais uma vez, no Poker Stars World Cup of Poker.

Vamos ao torneio. Entro calminho, sem grandes pressas...Lá consigo ganhar um pote e subo até às 1900 fichas..até que vem a primeira jogada importante do dia. Um jogador faz raise (não sei bem a quantidade) em early position, eu em MP faço re-raise com Q Q...há 1 call nas blinds, senão me engano, e o raiser inicial call (que já estava um pouco abaixo da stack inicial, com 800 atrás. Flop J x x. Jogador nas blinds check, o short all in, eu call. Ele mostra A J e menos 1 para as contas, fico com 3 mil fichas.

Fico um bocado a jogar poucos potes...começam-se a notar diferenças entre as stacks, o furacão Baptista já se nota, com cerca de 5 mil fichas até que...vem, no meu entender, a jogada decisiva do meu torneio. Ainda estavamos muitos..13/14. No cutoff recebo 4 4 e tinha tudo foldado. Blind a 100..faço raise pra 300. Fold fold..BB re-raise pra 900. Era um jogador com pouca disposição para foldar as suas blinds e que já tinha efectuado alguns bluffs...eu penso: ele está bem, 2500 atrás...tem que pagar mais 1800 a um push..ele só me faz call com A A, K K e talvez Q Q. Sem dúvida, decisão está tomada, Push! Ele faz-me instant call com A K! Sinceramente não entendi...acho que fiz o movimento correcto, joguei para ganhar e voltaria a fazer o mesmo. No entanto, acho que o call dele é totalmente incorrecto..enfim, vamos correr. Coração apertado e tal...mas as quadras lá se aguentam!! 5500 fichas e o outro jogador fica reduzido a 700. Sem comentários...

A partir daqui tudo se tornou fácil e foi quase só gerir. Subi a pulso, cheguei à FT tranquilo, com o Baptista a varrer tudo e ainda consegui ganhar alguns bons potes contra ele.

Até que...ficamos 4, eu dobro um short e o Baptista dobra o outro. Quando menos esperamos, as nossas stacks ficam extremamente equilibradas! No entanto, foi uma situação que durou pouco tempo, eu e o Baptista voltamos a recuperar as nossas stacks. No botão faço raise com A 8, um dos shorts all in com A 4, pouco me faltava para pagar, call. Flop com 8, turn 4...e river sem mentira, ficamos para bubble time. Eu e Baptista acima das 10 mil fichas e o outro jogador com 2/3 mil. All in pré flop, 9 4 vs 3 3...e no river lá vem aquele 4!! Lugares garantidos!

Tava já eu a festejar e tal..e pronto, o Candeias lá foi ler bem a noticia do PokerPT. Enfim...só falta mais um passo, rumo às Bahamas! I Have A Dream...and I BELIEVE!!

Noticia no site PokerPT:

http://noticias.pokerpt.com/18-world-cup-poker/2503-filipe-baptista-e-carlos-branco-irao-representar-portugal-no-world-cup-of-poker.html

sábado, 29 de novembro de 2008

WCP..Será??

Ao fim de 4 horas e meia de jogo, lá consigo o desejado lugar para a final nacional do WCP, a fim de representar Portugal neste torneio organizado pela Poker Stars. Sob o nick Poeira4, joguei com bastante calma no inicio, tendo conseguido fazer três double ups na primeira hora que me deixaram desde logo numa posição bastante confortável. Com alguns altos e baixos mas nunca abaixo das 12 mil fichas, decido entrar numa postura extremamente agressiva quando as blinds sobem para 1000, ainda dou 1 pissadazita, nada de relevante :P

A partir do momento em que ficamos 2 mesas, o meu estilo de jogo é de raise pre-flop 9 em cada 10 mãos, sou super chip leader da mesa e disputo a liderança do torneio com wolf e caicu (Dr. Machine). Quando estamos para o bubble, entro em all in mode até que um idiota com 90 mil fichas, ou seja, muito bem, resolve fazer call com Q Q, colocando o seu torneio em risco, com 2 jogadores abaixo das 20 mil fichas. Eu tnh A 8 ouros e bate o A e 2 ouros no flop. No entanto, no turn bate a única Q que o salvava...e lá se foi o sonho de ser Captain! No entanto, o mais importante estava feito e mesmo assim acabei com mais de 200 mil fichas. Torneio muito positivo e Domingo lá estamos!



Somos 18 a lutar por 2 vagas rumo às Bahamas para o PokerStars World Cup of Poker! Será que é desta que vou ter de perder o medo de andar de avião??? Entre os apurados destacam-se os já referidos caicu (Dr. Machine) e wolf_forex (wolfieAA) e ainda Filipe Baptista.


segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Fair Play

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Viva A Justiça Portuguesa

Em momento algum me vão ver a defender a claque No Name Boys. A verdade é que nos últimos dias, este caso tornou-se noticia de abertura dos telejornais, sem se perceber muito bem porquê.

Acho muito bem que tenha sido realizada esta operação. Aquilo que foi descoberto é uma vergonha para o desporto nacional, para o Benfica...mas sejamos sinceros, alguém ficou admirado com o que viu? Anjinhos!

Por falar em admiração: sabem quem é este senhor?

Trata-se de Fernando Madureira, líder dos Super Dragões. Por incrível que pareça, ele escreveu um livro. Deixo-vos com alguns excertos do mesmo:

"O BENFICA é o nosso inimigo mortal. Ponto de honra derrotá-los, dentro e fora das quatro linhas."

Benfica - F.C.P = (1992) - "Depois da festa, foi o fim do mundo. Distribuímos pancada por tudo o que fosse vermelho."

"Surgiu a ideia de criar os ultras portugal com elementos dos super dragões e da claque do Sporting. A primeira viagem foi contra a Itália.(...) No caminho, o Borrego lançou um concurso que consistia em ver qual era a claque que mais roubava (...) Foi o caos em Andorra! Lojas e mais lojas cheias de máquinas de filmar, roupa, tabaco...Tudo à mão de semear. Ficámos em transe."

Corunha - F.C.P (2004) - "Resolvemos pôr-nos atrás do repórter a fazer de otários e a gritar "Porto". O cabrão manda desligar a câmara e diz: "estes gajos do Porto são sempre os mesmos palhaços...". Saltou-lhe tudo em cima. Levaram um tareão e sem telemóveis."

Guimarães - F.C.P (1994) - "Houve um policia que se armou em esperto e deu uma bastonada num gajo. Veio outro por trás, deu-lhe uma sarda, ele ficou lá esticado."

Braga - F.C.P (1995) - "Pelo que se comentava, muito do pessoal tinha notas falsas para comprar os bilhetes e ainda trazer troco."

Setúbal- F.C.P (2002) - "Foi o caos! Entraram cem gajos pela área de serviço e roubaram tudo o que lhes apareceu à frente. Até que os guardas trancaram 16 (...) Foram todos absolvidos. Foi um final feliz."

M.United - F.C.P (2004) - "Nunca vi uma coisa daquelas num free shop. Até montras de ouro tinha. Foram dez minutos. Uma rapadela total."

Juventos - F.C.P (2001) - "Abri o cortinado das hospedeiras e vi o Alexio e o Caveira aos beijos e aos apalpanços (...) Os outros começaram a puxá-las, a dar-lhes surras no cu e a apalparem-nas... Depois, o co-piloto começou a falar comigo a explicar que tinham roubado a carteira ao comandante. Ele estava fodido e já queria aterrar o avião, antes do tempo! (...) Os cães sentiram o cheiro a ganza que os gajos fumaram durante o voo..."

Corunha - F.C.P(2003) - "Só os vi em cima dele a disputarem o telemóvel, a camisola, as calças, o dinheiro. Quando me apercebi do que ele estava a dizer vi que era espanhol. Não queria acreditar que tinham raptado um puto de 17 anos. Os cabrões, como íamos de porta aberta, viram o chavalo e meteram-no para dentro do autocarro. Fiquei cego e enchi-os de porrada. "Vocês, são doidos! Se queriam roubar, roubassem antes de entrar"

Fernando Madureira continua livre como um passarinho.

As Ideias de Ferreira Leite

Sempre ao mais alto nível. Se és eleitor e estás a ver isto, não te esqueças de mais esta grande declaração na hora de ir votar:

João Barbosa ENORME!!!

Varsóvia tornou-se, definitivamente, a cidade talismã para os jogadores de poker nacionais. Depois de há um ano, Ricardo "Lostlucky" Sousa ter ficado em 2º lugar no EPT desta cidade, hoje João Barbosa decidiu elevar o poker português à categoria dos países campeões.

Depois de já este ano ter tido dois momentos marcantes na sua carreira, a entrada para a Equipa Unibet e a vitória no Unibet Open de Madrid, João Barbosa encerra o ano com verdadeira chave de ouro, com a vitória no European Poker Tour Warsaw 2008.

João Barbosa ameaça mesmo tornar-se no jogador do ano do EPT, depois de em 4 torneios, ter ido a ITM em 3 (Barcelona, Londres e Varsóvia). Começava a perceber-se que este ano ia trazer algo de especial na sua carreira nos EPT. Em Londres, João Barbosa alcançou ITM com grande facilidade e classe, espalhando magia pelas mesas londrinas mas a verdade é que no caminho até à Final Table as coisas começaram a não lhe correr bem e acabou por não alcançar o objectivo.

O percurso em Varsóvia não foi nada fácil. João Barbosa raramente teve posição de destaque no torneio, tendo estado em perigo de não ir a ITM depois de perder um pote monstruoso para Dario Minieri. No entanto, lá conseguiu recuperar e entrou no Day 3 em 10º lugar, com 24 jogadores. Este dia foi bastante rápido e João Barbosa conseguiu almejar um dos seus grandes objectivos, a FT, partindo em 7º lugar, como um dos short stacks da mesa, liderada pelo italiano Minieri. Desde cedo partiu para o ataque, com uma postura de "matar ou morrer" e assim foi ao conseguir dobrar com Q 2 contra A 9 do italiano, fazendo dois pares. A partir daí, ninguém mais o parou! Em seguida voltou a dobrar com J J novamente contra o A J de Minieri. Depos elimina Shcerbatskiy com Q Q vs A 5. A sua próxima vitima seria Arnaud, que com o seu 10 10 não chegou para o 8 8 de Barbosa, tendo saído um 8 no turn. Gueorguiev também cairia às mãos do português, fazendo com que João Barbosa chegasse aos últimos 3 jogadores como chip leader destacado, posição que não voltaria a perder. Minieri, à terceira machadada, acabaria mesmo por ser eliminado por Barbosa com 9 9 vs 7 7 pré flop.

O Heads Up foi bastante longo mas esteve sempre controlado, João Barbosa nunca perdeu a liderança. Com muita paciência e engenho, acabam por ir a all in pre flop, A 10 vs J 7: A 7 3 6 6.



Vitória selada com 367 141 € para o primeiro campeão do EPT português.

Ronaldo-facciosismo Já Enjoa!!


Dou por mim a suspirar por uma vitória de Messi no prémio da FIFA para melhor jogador de 2008.

Depois de há um ano Ronaldo mal ter disfarçado a sua irritação por um 3º lugar que já deveria ser um orgulho para si, neste ano a campanha que tem sido criada a seu favor já mete nojo.

A começar pela imprensa desportiva. Pede-se que a imprensa seja minimamente isenta ou, pelo menos, correcta. Não tem sido. Em primeiro lugar cria uma petição a favor da eleição de Ronaldo. Em Espanha faz-se o mesmo por Messi mas aí "já são os lobbies a mexer-se". Ridiculo! Mais: qualquer uma das afirmações idiotas que Ronaldo tem proferido nos últimos tempos passam incolumes, sem a devida apreciação (e crítica, alguém que o chame à razão, POR FAVOR!). Se alguém diz que Messi merece ganhar, comentário dos jornais: mais um ao serviço dos interesses instalados. Se alguém apoia Ronaldo, já não há nada a dizer. Como por exemplo, da votação de Nuno Gomes em Drogba, Van Nistelrooy e Eto'o, para não votar em nenhum concorrente directo de Ronaldo.

Quanto a Ronaldo, alguém que lhe diga para tar calado. As suas constantes declarações estúpidas já metem qualquer português embaraçado com a sua arrogância e falta de humildade. " Sou o melhor, o 2º melhor e o 3º melhor". Sinceramente, o que é isto?

Já agora, o que devemos nós, portugueses, a Ronaldo? Simplesmente nada, temos sido nós a dar muito mais a Ronaldo do que ele a nós. Basta ver as pobres exibições que ele tem feito ao serviço da selecção. Ou será que já ninguém se lembra da miserável participação no Euro 2008?

Neste momento, sou mais um por Messi!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

BPPT Espinho - 4º Lugar!!!

Agora que estou um pouco mais refeito das emoções deste fim-de-semana, vou tentar fazer um resumo da minha participação no BPPT Espinho.

A começar, um grande, enorme elogio à estrutura do torneio. 15 mil fichas iniciais e niveis de uma hora é simplesmente fantástico para praticar poker de alto nível, sem pressas. Em seguida, o facto de serem 30 os lugares premiados, algo que também já defendi num post anterior que também deveria ser prática na Solverde Season.

DIA 1 - 6 de Novembro

Vamos ao que interessa. 19 horas de 6ª Feira, sou colocado numa mesa em que se destaca claramente Diogo "Phounder" Veiga, e que incluia outros 2 ITM, Tiago Pina e Filipe Monteiro. Phounder, desde o inicio, tenta assumir a liderança da mesa mas a primeira jogada de destaque dá-se comigo envolvido. Logo na 3ª mão recebo um sempre agradável A A no UTG+1 e faço raise para 200, já depois de um limp no UTG, recebendo call de mais 4 jogadores. No flop sai 6 4 4. UTG check, eu bet 250, 3 jogadores fold, até que o UTG faz raise para 1100. Confesso, não fui capaz de largar os Ases logo ali e depois de bastante pensar, faço call. No turn sai um reconfortante A para full house. O UTG dá check e eu também dou check. Sei que é uma decisão bastante polémica mas a minha ideia foi dar-lhe a sensação que aquele A também não foi positivo para mim. Neste momento sei que muito provavelmente ele terá o trio de 4 e que apenas há uma mão que me pode vencer. Por isso, dei check, esperando por uma forte bet por parte do jogador. No river sai J e o UTG, tal como eu esperava, faz uma bet de 3500, praticamente o valor do pot. Eu penso bastante sobre a melhor forma de extrair-lhe o máximo de fichas e faço raise para 8500. Depois de cerca de 5 minutos, o jogador acaba por foldar, afirmando que foldou 4 2. Acredito que ele tivesse essa mão embora considere um pouco duvidosa a sua acção pré-flop.

Nisto, ao fim de 3 jogadas, vejo-me com cerca de 21 mil fichas, sendo provavelmente o chip leader do torneio, embora por pouco tempo, pois um jogador noutra mesa decide fazer uma verdadeira parvoíce (não tem outro nome), ficando reduzido a 300 fichas e fazendo double up ao seu adversário. Deixo aqui o vídeo da jogada, porque realmente...só visto!

Voltando à minha mesa, e ainda no 1º nível de blinds, com cerca de 30 minutos de jogo, o Filipe Monteiro (não sei precisar a sua posição na mesa) faz raise para 200 e eu com Q Q faço re-raise para 550. Para minha surpresa, ele faz re-raise para 1750. Pode parece ingenuidade minha mas do que tinha visto até ali, fico com praticamente a certeza que ele está mais forte que eu. Faço o call apenas na esperança de bater uma Q no flop e poder eliminá-lo do torneio. No flop sai J 9 6 e ele faz bet de 3200. A minha leitura mantêm-se e por isso foldo as damas.

De seguida, entro numa fase bastante calmas durante algum tempo, ganhando e perdendo pequenos potes sem grande importância. Segue-se uma fase com jogos absolutamente miseráveis, sendo que mal recebo Q 10 off no Cutoff -1 decido que tenho de fazer raise, tou farto de não ir a jogo. Com a blind já a 200, faço raise para 650 (algo exagerado, sem dúvida) e o Phounder na BB faz call. No flop sai 10 6 4, duas espadas. Faço bet de 1100 e o Phounder call. Turn sai, se não me engano, um 2, faço bet de 1300 e mais uma vez recebo call. No river sai um 3, sendo que ficamos com uma perigosa possiblidade de straight com o 5, ainda que o flush draw não se tenha completado (limitou-se às 2 espadas do flop). Faço mais uma vez bet de 1400 e levo com instant raise para 4200. Este é um pormenor importante. O Phounder estava desejoso de colocar aquela mesa na ordem, que frequentemente não estava a "respeitar" as suas decisões. Ali coloco-o, imediatamente, num flush draw falhado com uma boa mão. Quanto muito vejo-me vencido por kicker ou ainda posso considerar a hipótese de ele ter um set e ter feito slow play até ao river. No entanto, estou mesmo convencido que se trata de um flush draw falhado e confirmo, fazendo o call, e vendo o A J de espadas dele. Belo pote!

Ainda no primeiro dia aconteceu algo que para mim foi uma surpresa desagradável. Ao voltar de um intervalo, notei que me faltava uma ficha laranja de 1000, o que na altura representava um valor bastante elevado. Compreendo que para a organização seja algo dificil de ser reestablecido (eu poderia perfeitamente estar a mentir) mas serve-me de lição para nunca mais sair antes do final da última mão antes do intervalo. O período da troca de dealer torna-se pode abrir oportunidade a estes episódios negativos.
Voltando ao jogo em si, com esta jogada importante com o Phounder, chego ao fim do dia com 24950 fichas, num seguro 40º lugar, sendo que dos 210 jogadores iniciais, ainda restavam 158. A maratona só agora estava a começar.


DIA 2 - 7 de Novembro

16 horas reinicia o maior torneio de sempre realizado em Portugal. Muitos jogadores importantes estão shorts e tentam o tudo por tudo para dobrarem. Mudo de mesa, acompanhado pelo Phounder,e junto-me a outros jogadores como o Hugo "Alive" Almeida, Luis Vale e Pedro Santos, entre outros. Começo o dia bastante calmo, tentando analisar os novos adversários. Noto que os dois primeiros jogadores que referi são bastante sólidos, Pedro Santos está a tentar dominar e agitar a mesa, Phounder precisa de dobrar e entra em all-in mode e ainda temos um espanhol completamente doido que faz jogadas absolutamente ridiculas, como a que faz ao eliminar Phounder. Ao fim de algum tempo, acabo por me envolver num pote que se viria a revelar fundamental para o meu torneio. Pedro Santos faz raise para 1100 e eu faço call com 10 10. No flop sai 5 5 5, para full house. Pedro faz continuation bet de 1500 e eu faço call. Admito que nesta jogada joguei com algum receio, sem certezas da minha leitura. Ou melhor, no flop tenho quase a certeza que estou à frente. No turn sai um J e isso podia complicar-me as contas. Ele volta a fazer bet, agora de 3500 e eu após muito reflectir, faço call. Sei que muito dificilmente posso foldar a uma nova aposta no river. Felizmente para mim, sai uma carta baixa. No entanto, Pedro Santos coloca 9500 fichas e coloca-me numa situação muito complicada. Faço contas e percebo que se faço call e perco o pote, fico reduzido a 8000 fichas, numa posição nada agradável. A minha linha de raciocinio foi: vou jogar para ganhar! Acho pouco provável que ele esteja à minha frente, pelo que tinha visto até aí dele. Faço call e para meu alívio vejo o K 7 de Pedro Santos.

Passados uns minutos, nova jogada. Alive em middle position faz raise para 1100, folda tudo e eu na SB vejo os meus queridos Ases mais uma vez e fico-me pelo call. Flop Q 8 2 (2 ouros). Faço uma bet de cerca de 1/2 pot, 1500 e levo rápido raise para 4200. Naquele momento coloco-o logo em A Q. Muito dificilmente poderia ser outra mão e aqui cometo um pequeno erro: sendo a Q de ouros no flop, ele não poderia estar em flush draw e por isso o push não tenha sido a decisão mais correcta. No entanto, foi o que fiz, Alive fica completamente passado da cabeça, coloca a hipótese de eu ter trio e diz que não pode por em risco o torneio com top pair e top kicker. Pouco depois, volto a ter A A, faço raise para 1200, levo dois call's e Luis Vale, que tinha acabado de perder grande parte da sua stack, faz all in de 6 mil com J 8 de espadas. Os outros dois jogadores saiem da jogada e uma board sem grande história elimina Luis Vale. Com estas três jogadas em 2 horas, a minha stack mais que duplica, chego ao intervalo com 55 mil fichas. Confesso, foram duas horas douradas!

As duas horas seguintes seriam bastante negras. Através de alguns potes perdidos em que o river se revelou negativo para mim, a minha stack reduz-se um bocado, ainda para mais quando pago um all in dum short com Q Q contra K 10. Um K no flop faz-me perder um pote de cerca de 12 mil fichas. Passa algum tempo..acabo por recuperar algumas fichas e já depois do jantar volto-me a envolver num pote muito importante. Alive faz raise em middle position e Pedro Santos faz all in de 17 mil fichas mas não movimenta todas as fichas ao mesmo tempo e não anuncia o all in e, por isso, apenas lhe é permitido apostar 15 mil. Eu com 10 10 faço apenas call, na expectativa do que Alive vai fazer. Ele acaba por foldar e vemos um flop com 8 8 5 (2 espada). Pedro Santos diz "Agora é que vou mesmo a all in". Mete os restantes 2 mil e eu obviamente tenho que fazer call. Vejo A 9 de espadas e logo no turn sai um A. Fico extremamente decepcionado mas o river revela-se recompensador, com um 10 de paus para full house. Fica aqui o esclarecimento para uma pessoa que comentou no Report do PokerPT, dizendo que eu apenas tinha 1 out. Se conheces as regras do poker, o full house é superior ao flush e por isso o 10 de espadas também me dava a vitória. Mais: obviamente que ele tem que fazer all in no flop mas eu não deixo de estar consideravelmente à frente. A minha stack sai bastante reforçada com esta jogada e eis que chega Lostlucky à minha mesa. Foi pouco tempo mas foi muito bom poder jogar com o melhor jogador de poker português. Passados 15 minutos, vamos os dois para mesas diferentes, tendo eu 70 mil fichas. Entro numa mesa repleta de tubarões: Segrob, Oversleep, Filpac, Filipa Lemos e Katrina, ao qual se juntou, passado pouco tempo TCMoreira. Quase todas as stacks são bastante elevadas. Primeiro ainda consigo ganhar um bom pote e chego às 80 mil fichas mas depois inicio a minha recta descendente. A blind começa a subir bastante e cometo o meu primeiro grande erro (e na minha opinião o único) do torneio. Oversleep faz raise para 3500 com a blind a 1600 e eu faço re-raise para 8100 com J J. Podem ver a jogada neste vídeo:

Primeiro erro: o re-raise é muito baixo, o Oversleep sabe que não tem que pagar muito mais e que com a possibilidade de fazer um set no flop pode levar um pote enorme. Segundo erro: não fazer bet no flop. À conversa com ele mais tarde, ele diz-me que imediatamente me coloca num par de mão e eu ao mostrar fraqueza perante o A no flop, estou perdido. No turn, ele aposta metade do pot e eu faço fold. Não perdi a jogada no turn, perdi-a no pre-flop e no flop.

A minha stack cai...cai...e cai ainda mais quando pago o all in de Isabel Carvalho com Q Q contra A A. Board sem história e lá vou eu cada vez mais para baixo. Antes do intervalo uma pequena referência para o verdadeiro show de Fernando Pinto Basto, que folda K K em pre flop perante o all in de Isabel Carvalho, que mostra, de novo, A A. Este grande momento valeu-lhe a maior salva de palmas da noite.

Voltando ao meu jogo...vários potes perdidos levam-me a uma queda dramática até às 22500 fichas no intervalo, com a blind a 3000 e 42 jogadores em jogo. O sonho parecia que cada vez mais ia morrer na praia, mais uma vez. Vou até à praia, dou uns berros, peço que a estrelinha apareça...e volto para o Casino mais confiante que nunca. Entrei em "modo surviver"! No entanto, a minha stack ainda desce até às 15 mil fichas até que faço all in no Cutoff com 9 8 off. Filpac após muito pensar faz fold e Fernando Pinto Basto, que tinha feito limp no UTG, faz call com A 10 de espadas. Flop sai Q 10 x. Fico com gut shot e backdoor flush. No turn sai um 7 de copas, ficando com open hand e flush draw. Os dois draws acabam por se completar no river com um 6 de copas, para flush. Foi o primeiro de 2 all in's em todo o torneio em que parti atrás. Dobro para cerca de 37 mil fichas. A blind volta a subir e entramos nas últimas mãos do dia, quando percebemos que não vamos achar o bubble boy no dia 2. Até que chegamos à penultima mão do dia, onde a estrelinha voltou a comparecer. Filpac faz raise UTG para 9000, folda tudo e eu na BB volto a ver os meus amigos A A. Vou a all in, Filpac instant call K K e fica aterrado ao ver a minha mão. A board ainda assusta, no turn ele fica com 6 outs para vencer mas felizmente isso não acontece e cá estou com 70 mil fichas.

Agora vem a parte má da história. Com a emoção do double up numa altura tão decisiva, deixo o jogo prosseguir sem confirmar o número de fichas. Quando me dou conta faltam 9400 fichas!!!!! Arma-se uma grande confusão, acho que é compreensível a minha revolta, depois do que já tinha acontecido no dia anterior, e logo numa quantia tão considerável. Percebi que não havia nada a fazer e tive que tentar esquecer o sucedido. Não foi fácil, ainda dei bastantes voltas na cama. Tinha que ter confiança que o dia seguinte iria correr bem.

DIA 3 - 9 de Novembro

O dia decisivo chegou. O dia anterior acabou com 36 jogadores, média nas 80 mil fichas, eu com 60400 no 24º lugar. Ou seja, a minha atenção naquele momento apenas se centrava em chegar a ITM, tinha 12 jogadores atrás de mim, só tinham que perder 6. As eliminações sucedem-se até que chegamos ao ansiado "bubble boy time". Chego a esta fase com cerca de 45 mil fichas, numa situação nada fácil. Na mesa ao lado, um all in acaba em split pot e a aflição continua até que...

Renato Manenti, short no UTG, faz limp (blind a 6 mil) e eu em middle position faço all in. Podem ver o resto neste vídeo:

Neste momento, objectivos redefinidos: a Final Table passa a ser o grande objectivo, pois a diferença de pagamento entre o 30º e o 10º era muito pequena. É com este objectivo que pouco tempo depois pago o all in de Francisco Ortega com A 8 na SB. Neste momento tinha cerca de 115 mil fichas e o all in era de cerca de 40 mil, eu calculo que no máximo vou correr. O all in de Ortega foi no botão e por isso pode ter sido com any two. Ortega tinha 2 2 e lá vou eu correr. No flop sai um A mas com turn 2 e river 2, Ortega faz poker.

A blind sobe, sobe, os jogadores vão caindo, ficamos 23 jogadores e tou short com cerca de 40 mil. Entretanto acabo por foldar algumas mãos bem razoáveis, tendo a consciência que não é a melhor altura para pagar all in's de outros jogadores, tendo até atirado fora A J suited na BB, perante um all in em middle position. Em seguida, folda tudo e no botão faço all in com Q 8 off. A SB folda e a BB paga sem ver as cartas. Achei isso bom mas não tanto quando vi K J de copas. No flop bate Q 6 3 (2 copas). O flush draw acaba por não se concretizar e no river ainda completo o trio de damas. No entanto, continuo ainda com uma stack baixa em relação à média e quando já só estamos 18 jogadores, ou seja, já no 2º nivel de pagamentos e todos com a cabeça na FT, faço re-raise all in com A 8, tendo levado call do raiser inicial, Diogo "Diegoplayer" Salvini com 10 5. No flop sai um 8 e apenas no river sai um 5, dando-me finalmente um double up para uma stack acima das 200 mil fichas.

Os jogadores continuam a cair e chegam à minha mesa Ezgam e Paulo Sarmento. Logo ao inicio, Paulo Sarmento faz raise na SB para 35 mil, com a blind a 16 mil, e eu na BB com K 10 de copas faço call. Flop bate merda estrume cócó. Paulo faz check e eu sinto que o roubo dele está condenado ao fracasso. Faço bet de 45 mil e ele faz call. No turn bate esterco e ele novamente check. Neste momento sei que com uma bet elevada ele vai fazer fold, nota-se claramente que falhou a board. Faço bet de 65 mil, ele pergunta-me quanto tenho atrás. Começo a contar e quando chego aos 80 mil, ele folda. Um pote fantástico que me permite subir acima das 300 mil fichas e aí sei que dificilmente a Final Table me fugirá. Entretanto consigo ganhar alguns potes pré-flop, o Ezgam ainda me obriga a foldar 7 7 na BB. Havia decisões dificeis para tomar mas quase sempre decidi bem. Numa das jogadas, faço raise com K J de espadas e levo com all in de Larraitz, que era inferior ao meu raise. Vejo A 6 off. No flop fico em flush draw e no turn com gut shot na dama, mas apenas sai um J no river e perco um pote de cerca de 80 mil fichas. Nada de grave, pouco depois, a mesma Larraitz faz all in de cerca de 70 mil com A 10 e eu faço call com 10 10. Board sem história e elimino mais uma jogadora. Um pouco antes, tinha eliminado João "Luidgi" Costa em all in de pré flop com A Q contra 10 9. Faço trio de damas e elimino o 6º jogador em todo o torneio.

Com a eliminação de Kitten no 11º lugar, ficamos para o bubble boy da Final Table, lugar que ficou a cargo de Daniel Lopez, o tal espanhol louco da 1ª mesa do dia 2, péssimo jogador e com uma sorte inacreditável, ganhando inúmeros all in's com runner runner. Aqui fica a jogada em que ele é eliminado:

O grandioso objectivo estava alcançado: FINAL TABLE!!!


As stacks estavam todas bastante iguais, sendo que João Amorim encontrava-se um pouco destacado com 630 mil fichas, mas todos os outros andavam por voltas das 300/400 mil fichas. Eu estava em 3º lugar com 395 mil fichas mas isso pouco queria dizer. Começo bem, ganhando dois potes interessantes mas depois vem um total deserto de jogos, onde devo ter tido cerca de 24x 9 2.

Ezgam cai no 9º lugar numa corrida de 4 4 contra A J de João Correia e logo depois, Ortega, que perdeu vários grandes potes, perde em 8º com K 9 contra A J de António Domingues.

O deserto de mãos e o avolumar da blind, 30 mil, faz com que a minha stack se reduza. Numa jogada na BB, Paulo Sarmento no botão faz raise e eu com 6 6 faço all in, necessito de colocar algum respeito perante as minhas blinds, que estavam a ser constantemente fustigadas. Paulo Sarmento pensa imenso e acaba por foldar 7 7. Que alívio enorme!! Mais tarde, acaba por ir a all in com a mesma mão e é derrotado pelo 6 6 de João "Pi" Correia. Ficamos 6 jogadores: eu com 336 mil e Mikel com 355 mil somos os short stacks. Quando via a minha situação bastante complicada, numa guerra de blinds, Katrina faz all in com A 9, leva call de Mikel com 5 5. Sai o 9 no flop e Mikel fica com 12 mil fichas. Logo a seguir, a mesma Katrina com Q Q elimina-o contra K 10.


Passo a ser o destacado short stack da FT. Na primeira oportunidade, dou all in no botão com K 8 e recebo call de João Amorim com Q J. Apenas sai um 8 no river e double up para 550 mil fichas. Confesso que não consegui jogar com um range de mãos tão alargado como os outros jogadores, principalmente António Domingues e João Correia, que estavam constantemente a colocar imensa pressão na mesa. Isso fez com que mesmo antes do intervalo tenha ido de novo a all in, agora com A 9 e call de Katrina com 6 6. A no flop e passo para o 2º lugar, com 710 mil fichas.

Nesse intervalo é discutido um eventual chop, devido ao facto de já passar das 2h da manhã e o casino ter que fechar às 3h da manhã. Perante a possibilidade de ter que continuar o jogo no dia seguinte, o chop é aceite pelos 5 jogadores, sendo que ficam reservados 2500 euros para o 1º classificado.

O jogo acelera e Katrina é logo de seguida eliminada na 5ª posição. Pouco depois, Tozinho faz all in com K J e eu faço call com A 9. Se ganhasse este all in ficaria chip leader destacado com 3 jogadores mas a verdade é que ele faz trio de J. Logo de seguida, no botão faço all in com 9 8 de paus e o mesmo António Domingues faz call com J J. O flop ainda me traz o 9 mas não chegou. A minha participação terminava aqui, no 4º lugar.

Só agora que estive a relembrar todo o torneio sinto que isto aconteceu mesmo. Só posso estar imensamente feliz pelo que fiz neste torneio, tanto pelo dinheiro que ganhei mas acima de tudo pelo nível de jogo que mostrei. Talvez um pouco tight mas seguro. Admito, tive estrelinha mas também fiz por merecê-la.

Palavras finais para algumas pessoas. Referência para o Velez, esteve em grande no 1º dia mas foi abaixo no 2º dia, melhor sorte para a próxima; Alive, jogo muito consistente e certinho, foi pena morreres na praia; Luis Vale, mostrou bastante qualidade mas este não era o torneio dele, nada lhe corria bem; Yuran, um torneio de altos e baixos mas sempre a impôr respeito, a jogar assim mais tarde ou mais cedo também estarás na Final Table; Zumy, obrigado pela simpatia e humildade de dar os parabéns a todos os finalistas, fica sempre bem a uma referência como ele é; Oversleep, o jogador mais inteligente que encontrei, tudo o que ele faz tem uma explicação e tem lógica, jogador fabuloso; Lostlucky, pelos 15 minutos na mesa com imensa boa disposição e pelos minutos de boa conversa, uma estrela sem tiques de vedeta; Francisco Pinto Basto, um grande senhor, muito sábio, aquele fold de K K é para ficar nos livros; ao Horus, por me ter acalmado naquele momento mais complicado no final do dia 2; e a todos os finalistas mas em especial aos 4 últimos, Katrina, João Amorim, João Correia e António Domingues! Foram grandes!

Agradecimento também para todos os que me apoiaram no report do PokerPT ou por SMS: Pedro Ferreira, Portillo, Ferro, Carlos Lopes, Candeias, Meireles, Jota, Mitul, o meu irmão e até o grande RugbyWolf (espero não estar a esquecer-me de ninguém).

Obviamente, palavra final para o grande António Torres! O torneio não correu como ele esperava, quedando-se pelo 74º lugar, mas foi mestre a pedir cartas. Ele, como ninguém, soube trazer as cartas certas para os meus decisivos double ups! Obrigado por todo o apoio!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Que País É Este?

Que país é os EUA onde a imprensa, que deve ter como príncipio a imparcialidade e o dever de relatar a realidade dos factos, declara apoio a um candidato à presidência?

Eu também apoio Obama mas eu sou um Zé Ninguém! Imaginem o que era se em plena campanha eleitoral, o Diário de Noticias ou o Público decidissem apoiar Sócrates ou Manuela Ferreira Leite ou lá quem fosse? Não dá para imaginar pois nã0?

O Xistra É Que Sabe

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A Não Esquecer

É importante reter esta informação para as lutas eleitorais que se aproximam: o PSD está contra a medida de aumentar o salário minimo para os 450 euros!

Para que depois não haja memórias curtas, é bom que as pessoas leiam isto várias vezes e se fixem nesta posição dos sociais-democratas.

Não é preciso dar a minha opinião, pois não?

Carta Aberta a Rodriguez

Escrevo-te estas palavras na esperança que tu um dia as leias e tenhas um mínimo de escolaridade para entender o conteúdo.

Aquilo que te aconteceu no Sábado apenas foi o príncipio do teu Inferno. Antes de assinares pelo Porto devias ter-te informado sobre diversas coisas: recentes histórias de traidores do Benfica, fábulas de grupos organizados que se disfarçam de claques a mando de certos e determinados dirigentes, entre outros. Não informaste, deste um passo em falso na tua carreira, para não dizer mais. Como a raiva por teres traído o SLB deu lugar a uma grande felicidade (o teu rendimento no FCP é aproximadamente nulo e se não tivesses ido embora, o Reyes não teria vindo) vou-te contar algumas histórias:

1º - O primeiro traidor dá pelo nome de Hugo Leal. Depois de ter sido formado no SLB e de ter despontado, ao final de um ano virou as costas ao clube que o formou durante anos e anos e rescindiu contrato para ingressar num clube estrangeiro, sem que o SLB recebesse qualquer compensação pelos vários anos que levou a criar este fedelho. Resultado: Hugo Leal falhou completamente na sua aventura estrangeira. Regressa a Portugal e para onde? Para o FCP! É apresentado como reforço de vulto mas as lesões não o largam. O alto salário que aufere é compensado com cerca de três meios jogos por época, que é o tempo que ele demora a lesionar-se. Segue para a filial do Braga onde a praga de lesões não o deixa. Segue para a filial portista em Lisboa, o Belenenses, e mais do mesmo. Acabou de assinar pelo condenado à descida à 6ª jornada Trofense. Olhando para trás na sua vida, tenho uma ligeira impressão que Hugo Leal não faria o mesmo.

2º - Edgaras Jankauskas, o primeiro jogador que já passou pelo SLB por quem já senti vontade de lhe partir todos os dentes. Resgatado dos suplentes da Real Sociedade, o lituano chega ao Benfica e realiza uma boa metade de época. No final da mesma, concede uma entrevista em que afirma que o Benfica é uma religião. No dia seguinte, é apresentado no Dragão como reforço do FCP. Já foste visitar o museu do FCP? Encontraste lá o nome dele? Pois, é normal que não, ele nunca mais fez nada na vida, marcou cerca de 3 golos (provavelmente em fora-de-jogo) em 2/3 épocas que teve no Dragão. Daí seguiu para o Hearts da Escócia e ainda deu um pulinho no ano passado ao Belenenses onde consta que fez uns treinos e ajudou a colorir as sempre despidas bancadas do Restelo.

3º - Tomo Sokota. Rejeitou renovar pelo SLB e aceitou o ordenado principesco oferecido no Dragão e lá jogou duas épocas tendo marcado dois golos (até o Mariano Gonzalez já marcou mais). Para esta falta de golos contribuiu as constantes lesões que o avançado croata sofreu. O boletim clínico do FCP apontava para remorsos e arrependimento agudo.

Deixemos agora os traidores e falemos um pouco de histórias digamos...menos claras, no seio do FCP:

1º - O treinador Co Adriaanse é atacado por um bando de pessoas (?) na sequência do empate a 0-0 em Vila do Conde. O seu carro é totalmente vandalizado, não sobrando um único caco de vidro para amostra. O treinador, ao que consta, conseguiu fugir a bastões e pontapés mas já não se livrou de uma viagem até casa bem gelada, o que lhe originou uma sempre chata constipação. Este caso nunca foi investigado. Pelos vistos, quem dá porrada "a quem merece", está isento de punição.

2º - Na apoteose dos festejos da conquista da Champions pelo FCP há 1 homem que não tem razões para sorrir: nada mais, nada menos que José Mourinho, o treinador campeão. Depois de informar o presidente Pinto da Costa que tinha uma proposta irrecusável do Chelsea, a sua vida tornou-se um verdadeiro inferno sendo que, mais uma vez, um bando de pessoas (?) fazem ameaças à integridade física do mesmo e da sua familia se mantivesse a sua vontade. Os amigos intimos de PC não lhe conseguem chegar ao pêlo e Mourinho ruma mesmo a Inglaterra.

3º - Paulo Assunção entra em guerra aberta com a SAD do FCP pois entende que o seu estatuto de imprescindivel no plantel deveria originar um salário mais condizente com a sua importância. A SAD do Porto não aceita as pretensões do médio brasileiro e começam a surgir rumores que Paulo Assunção pode rescindir contrato para rumar ao Atlético de Madrid ou ao Benfica. Passados uns dias, Paulo Assunção é confrontado com um bando de pessoas (?) que ameaçam de morte o jogador e a sua familia se decidir rescindir contrato com o FCP. Paulo Assunção acaba mesmo por rescindir contrato com o FCP e ingressa no Atlético.

Como podes ver, estás completamente condenado ao fracasso. A tua carreira vai entrar numa curva descendente (e logo tão novo!), as lesões vão-te perseguir (assim como um certo bando de pessoas (?)), vais ser assobiado, maltratado e mandado para uma qualquer sucursal do FCP em Portugal ou no estrangeiro. Resta-te a consolação de aos 22 anos estares a ganhar um salário verdadeiramente principesco, algo nunca visto em Portugal. No entanto, é bom que tenhas noção que foi o último bom contrato da tua vida. Episódios como o de Sábado não vão parar.

BEM VINDO AO INFERNO RODRIGUEZ!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Cum Catano!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Tás Feliz??

O post 150 do Coisas e Cenas é, provavelmente, um dos que mais prazer me deu a escrever. E pouco vou escrever, para vos deixar com a notícia que sai hoje nos vários jornais desportivos:

" Não foi pacífica a saída do Estádio do Dragão para alguns dos jogadores do FC Porto, após a derrota com o Leixões. Um grupo de adeptos mais exaltados ficou à espera dos atletas para lhes pedir explicações pelos maus resultados. Os diálogos passaram rapidamente aos insultos, tendo a situação aquecido quando surgiu Cristián Rodríguez.

O ex-jogador do Benfica, e grande contratação para esta temporada, foi o principal alvo da ira dos adeptos, também por terem sido nele depositadas grandes esperanças como salvador de um FC Porto em mudança. O camisola 10, que deixava o estádio acompanhado pela filha, foi bastante insultado e há até relatos que garantem que o seu carro foi apedrejado, o que o fez entrar em pânico, pela presença da sua descendente. Segundo essa mesma versão dos acontecimentos, Rodríguez terá abandonado a sua viatura para entrar em confronto verbal com os adeptos e só não se passou a vias de facto devido à presença de elementos apaziguadores, que tudo fizeram para acalmar os ânimos.No entanto, segundo o que conseguimos apurar, nem só Rodríguez reagiu mal aos insultos.

Tomás Costa e Lisandro López também não terão gostado do que ouviram e ambos reagiram às provocações, sem nenhum desses casos ter chegado a um nível tão grave quanto o de Cebola. De resto, mal terminou o jogo deu para constatar que os adeptos se encontravam decepcionados com a equipa. Quando os jogadores foram agradecer o apoio, ao centro do terreno, receberam em troca um enorme coro de assobios. " in Record

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Fiquem com estas palavras sábias de um fiel adepto portista, a comentar o facto de o Porto jogar com o Sporting para a Taça de Portugal:

" ISTO FOI SORTEIO? LETRA... [ 2008-10-22 20:00 ] Por: carlos ferreira

Grande "sorteio",sim senhor.

Mais uma vez,"fizeram" com que saísse um grande ao FC PORTO,desta vez logo à 2ª eliminatória,e ainda para cúmulo,para o FC PORTO ser "arrumado" logo à 2ª,"mandaram" o jogo para alvalade.

Mas que raio de sorteio é este? No meio de tantas equipas tinha que sair logo o scp?

O slb,mais uma vez foi "contemplado" com uma avezinha bem tenrinha.

Isto é sorteio? Vão contar essa a outro...

ISTO É UMA AUTÊNTICA VIGARICE,DIGNA DO LAMAÇAL EM QUE O NOSSO FUTEBOL ESTÁ METIDO!

São estes "arranjinhos" que estão a dar cabo do futebol português.Continuem assim...

Mais valia o clube fazer falta de comparência,pois é práticamente certo que o árbitro que fôr "arranjado" para esse jogo,tudo irá fazer para beneficiar a equipa da casa...

Sorteio uma ova!

Ora pensem um bocadinho:

Num conjunto ainda alargado de equipas saí logo mais um scp - FCP e ainda por cima em alvaladde.Nem sequer é no dragão.

Do meu ponto de vista,isto é muito suspeito e como à mulher de césar não basta ser,é preciso parecer,então estamos perante mais um "golpe de bastidores" para arrumar com o FC PORTO desde logo,de um dos seus objectivos para esta época.

Ao slb saíu o aves...que maravilha.E na dita catedral.Devia ter sido penafiel-aves,mas enfim,o futebol é fértil nestas coisas...

Fico-me por aqui nos meus comentários a mais uma vergonha do nosso futebol.Quem quiser,que tire as suas ilações..."

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Verdade Desportiva

A mesma Itália que fez com que no último jogo perdesse por 4-2 com o Paraguai, o único resultado possível e imaginário que dava a passagem às duas selecções, colocando o guarda-redes avançado quando estavam empatados, vem agora queixar-se que este golo é inválido.

É verdade, o golo é depois de terminar o tempo, como podem ver nas imagens. Mas assim sabe melhor!

Perguntas Parvas

Desde há uns tempos que os jornalistas portugueses, até os mais conceituados, habituaram-se a fazer perguntas infantis...e parvas.

O exemplo mais recente foi ontem na Grande Entrevista de Judite de Sousa ao Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos. A certa altura, fala-se do crescimento económico e o Ministro mostra a sua confiança em como, em Portugal, não haverá recessão. Perante estas afirmações, Judite de Sousa atira: "Põe as mãos no fogo?"

Ora, vamos lá ver...a Judite de Sousa é uma jornalista experiente, com muitos anos de RTP e com certeza muito bem paga. Não acredito que o director da RTP esteja à espera que ela faça perguntas que faria qualquer puto de 5 anos como "Pões as mãos no fogo?" ou "Juras pela tua mãe?" ou até o clássico "Diz lá sem fazer figas!".

Já estou a imaginar...na próxima conferência de imprensa do Paulo Bento será perguntado " Juras que não tens problemas com o Vukcevic e que se tiveres a mentir te caia um elefante em cima? "

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Momentos Hilariantes na Unibet

O poker não é só ganhar e perder dinheiro. Dá para rir e a bom rir. E não só ao vivo. A Unibet é uma verdadeira comédia para pessoas que, como eu, passam lá a vida. Queria partilhar dois momentos do belo dia de ontem:

1º Momento - Estamos num SNG de 10 pessoas, blind a 80, 7 jogadores, estou em 3º lugar com 1300 fichas (convém referir que os SNG na Unibet são a cena mais Turbo que possam imaginar)

Eu com K K faço raise de 3x a blind e recebo 1 instant all in. Obviamente faço call e vejo um fantástico K 10. Os meus 90% de probabilidades de vitória são desfeitos por um flop 10 10 4. Desmancho-me a rir e pergunto-lhe: "K 10? All in?". Ao que ele me responde: " Vê lá se tu não fazias o mesmo!". E eu calei-me!

2º Momento - Estamos num SNG de 6 pessoas, blind a 160, 3 jogadores, ou seja, tamos para o bubble. Eu tenho 2500, o chip leader 3000 e o short 500.

O short no botão faz all in, o chip leader call e eu com Q Q faço all in, quero ir sozinho contra o short. O chip leader faz instant call. Vejo-me contra A 10 off do chip leader e A 7 off do short.

No flop sai merda merda merda. Neste momento eu tenho 84% de possibilidades de vencer a jogada, 8% de perder para o chip leader e 8% de perder para o short e para o chip leader e, por isso, ser bubble. Estou descansado. No turn sai um A e eu penso: " Fodasse, vou ficar em 2º ". No river sai um 7. Eu rio-me desalmadamente e penso: " Fodasse, fui bubble ".

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Crónica de Uma Tragédia

É triste chegar ao final de um jogo contra uma equipa de 3ª divisão, empatar, jogando pior que o Benfica do ano passado e nem nos podermos queixar do árbitro.

Já agora, Ronaldo, devias perguntar a ti próprio se tens vontade de jogar pela selecção portuguesa. Digo eu...

E Se Pudesses Votas Nas Eleições Americanas?

http://www.iftheworldcouldvote.com/

Os resultados são elucidativos!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Mistério?

Acabo neste momento de ler o livro " A Verdade da Mentira " de Gonçalo Amaral, sobre o desaparecimento de Madeleine McCan. Não sei se vocês leram este livro mas com certeza que durante meses e meses foram bombardeados com as mais diversas informações sobre este caso.

Este é um livro parcial, que defende a teoria desenvolvida pelo investigador, entretanto afastado. No entanto, há que fazer distinção entre suposições e factos. Uma coisa fique já assente: muita informação difundida foi distorcida.

Passemos então aos factos: as 1001 versões dadas pela família McCan e seus amigos são falsas, pois entre elas são contraditórias e relatam acontecimentos comprovadamente falsos e com uma única intenção, desviar atenções. Aliás, o testemunho fundamental de Jane, amiga da familia e a pessoa que afirma ter visto o suposto raptor, é pura ficção com a finalidade de levar os investigadores para o lado errado. A direcção levada pelo suposto raptor é a precisamente contrária à que deveria ser investigada e, surpresa das surpresas, pelo próprio pai de Madeleine (se quiserem saber os factos relativos a este "pormenor" é mesmo melhor lerem o livro).

Mais: é um facto que Madeleine morreu naquela noite e que os pais, directamente ou indirectamente, tiveram responsabilidades no acidente. Ao contrário do que foi difundido, os resultados de laboratório apontam neste sentido.

Quanto ao afastamento de Gonçalo Amaral da investigação, não há muito a dizer. Pressões existem em todo o lado e, infelizmente, neste caso tocou numa investigação policial com tanto mediatismo.

domingo, 5 de outubro de 2008

Balanço do Solverde #9

A minha segunda participação em etapas da Solverde Season foi bastante atípica. Desde logo, alguns problemas com a inscrição acabaram por me empurrar para uma mesa nada interessante, bastante agressiva e com jogadores bastante loose, que quase pagavam qualquer coisa. Se é verdade que isto pode ser interessante a longo prazo, num curto prazo (cerca de hora e meia foi o tempo que passei nesta mesa) e com falta de mãos jogáveis, tornou-se bastante complicado efectuar movimentos. Tanto assim foi que apenas ao final de uma hora consegui vencer um pote, já relativamente interessante, tendo em conta o nível de blinds (cerca de 2500 fichas).

Mudo de mesa e entro noutra bastante fraca. Penso que se tivesse passado mais algum tempo nesta mesa ter-me-ia safado muito bem pois o nível dos jogadores era bastante fraco. Ainda assim consegui ganhar algumas fichas, tendo perdido 1000 fichas num raise com A Q, seguido de re-raise para 3100 do jogador mais perigoso da mesa. Achei por bem não arriscar e larguei a mão. No nível a que se estava a jogar, não se justificava colocar 1/4 da stack numa mão destas. De referir que nas primeiras 3 horas de jogo, a minha stack oscilou sempre entre as 8 mil e 12 mil fichas, sempre sem grandes mudanças. A falta de mãos jogáveis determinou que durante horas a fio tenha jogado bastante poucas mãos. Muito raramente fiz limp pois não tive mãos médias...ou era algumas vezes A Q, A 10...ou então era merda. Na última mão nesta mesa, arrisco um pouco com A 10, num flop 7 5 5, faço bet mas levo com re-raise enorme e acho por bem foldar.

Mudo de mesa com cerca de 7500 fichas. O cenário começa a ficar negro. Entretanto nesta nova mesa, o ambiente é bastante tenso, muita discussão e pouco poker. Recebo K Q, há 1 raise UTG 2x a blind, 2 call's e eu faço também call. Flop sai K Q 2, pensei finalmente vou ganhar umas fichas. O raiser UTG mete 600, folda tudo e eu call. Turn bate 9, ele mete 2500, e eu all in. Ele instant call...com K Q. Split pot que, mesmo assim, me permite subir até perto das 8500 fichas. A mesa fecha logo a seguir e finalmente estabeleço-me numa mesa, onde me sento à direita do meu amigo Carlos. Uma mesa que tinha de tudo: desde jogadores totalmente loucos, a jogadores fracos, um jogador muito certinho e sólido e ainda o Vinagre, com uma stack muito poderosa na altura, que estava numa estratégia de andar a roubar o máximo possivel. Numa primeira fase consigo subir um pouco até que recebo A 10 suited na BB. Folda tudo e no botão há 1 raise pra 3x blind (blind era 600). SB instant call e eu call também. Flop Q 5 2, tudo check, turn 3 tudo check. No river bate o A e a SB dispara 3000. Eu faço call, embora não tenha grande explicação para o ter feito. Via-o com o A e um kicker indeterminado...mas senti-me na obrigação de fazer call. O raiser faz fold e vejo um belo 7 4 off para sequência. Como se não bastasse, o jogador em causa coloca-se sit out, quando faltavam ainda 45 minutos para o jantar. Sem comentários... Com esta brincadeira, caí para as 6 mil fichas. Até ao jantar nenhuma mão de registo e termino com 7500, com a blind a subir para 1000. Estou condenado, penso eu.

Pensava errado. A verdade é que nesta fase as mãos apareceram. Logo na 2ª mão a seguir ao jantar, na BB, recebo Q J, o botão coloca 3500, SB folda e eu todas, que eram, ao todo, 6400. Para minha felicidade, vejo J 10 e uma board inconsequente dá-me double up para 15 mil fichas. No entanto, continuava short. Passadas algumas mãos recebo, o UTG+1 mete todas com A 10 (12 mil) e eu vejo A A e não tenho dificuldades em fazer call. Subo para as 28 mil. Logo a seguir, o Vinagre faz raise para 3000 e eu, aproveitando o balanço, não hesito em meter todas com A K. Ele folda e subo para as 32 mil. Depois de um período sem actividade, um jogador short, com 8 mil fichas, faz all in com 2 2 e eu pago com A K e um K no flop dita a eliminação deste jogador e a minha subida até às 40 mil fichas. Finalmente sinto-me confortável, quando a média está em cerca de 27 mil e estamos cerca de 75 jogadores. No entanto, as boas mãos (e até as razoáveis) desapareceram e apenas volto a ganhar um pote em que respeitaram a minha BB com 4 2 e sai-me trio de 4 no turn, sendo que um jogador coloca 3000 fichas no river e eu faço raise para 9000, tendo este foldado. Chego ao intervalo com 45 mil fichas.

De seguida, deserto total. Devido à imagem criada na mesa de que sou um jogador muito tight e que jogo muito poucas mãos, tento roubar com Q 9 as blinds no botão, mas levo com all in, de mais 15 mil fichas. Considero que é um call desnecessário e foldo, perdendo 8500 fichas, recuando para as 33 mil. Mais blind, menos blind, desço dramaticamente até às 20 mil fichas, quando a média sobe bastante, até às 50 mil fichas. Um roubo permite-me chegar às 31 mil, quando se dá a jogada decisiva. Vinagre dá all in em middle position de 26 mil e eu na SB vejo A 9. Se foldo, fico com 28 mil fichas, com a blind a 6000 e a 5 minutos de subir para 8 mil, ou seja, tenho 4/5BB. Considero que é a altura de arriscar, tenho que dobrar, até porque o jogador em causa estava a fazer bastantes all-ins nesta fase, tendo quase dobrado as suas fichas com estes movimentos. Faço call e vejo o 10 9 de copas do adversário. No flop sai J 7 4, dando gutshot para ele, que saiu logo no turn 8. Apenas um 10 me poderia salvar, para split pot mas saiu uma irrelevante Q e com esta bad beat absolutamente decisiva, fico reduzido a 5400 fichas. Logo na jogada seguinte, folda tudo e eu no botão coloco todas com Q 10. A SB folda e a BB tem K 8. O flop dá-me 10 7 7. No entanto, uns dolorosos 9 e J dão, outra vez, sequência ao adversário e fico fora no 40º lugar.

Sendo que este torneio teve entre 250 e 26o participantes, não se percebe como apenas os 20 primeiros podem ser premiados. Penso que é algo que deve ser revisto pelos organizadores. De resto, gostei do torneio, embora tenha jogado poucas mãos e dois registos entre os 60 primeiros nos primeiros dois torneios Live dão-me boas perspectivas para o futuro.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Poker Nacional

Numa altura em que tanto se fala da projecção de Portugal no estrangeiro, começa mais uma área a destacar-se, embora seja ainda bastante desprezada pela grande maioria dos portugueses: o poker.

Normalmente encarado como um simples jogo de sorte ou azar, o poker tem sofrido uma verdadeira explosão em Portugal nos últimos dois anos, sendo que o número de praticantes aumenta a um ritmo importante e os seus resultados já não se cingem às fronteiras nacionais: a sua qualidade começa a deixar marcas na Europa e no Mundo. No espaço de um ano, os resultados sucedem-se e começam a ser "normais". Sendo que eu comecei a acompanhar o poker de forma mais efectiva desde há um ano, aqui vão resultados a nível internacional de registo:

- Hugo "Padrinho" Félix - 4º Lugar no Poker News Cup Austria - 9350€
- Equipa NoIq Portugal (Phounder, Kitten, The Mayor e Hencus) - 1º Lugar no Campeonato de España Equipos Aranjuez - 120 000€
- Ricardo "LostLucky" Sousa - 2º Lugar EPT Varsóvia 2007 - 345 000€
- Ricardo "LostLucky" Sousa - 53º Lugar no EPT Grand Final Monte Carlo - 29400€
- João Barbosa - 1º Lugar Unibet Open Madrid 2008 - 115 000€
- Guilherme "Ezgam" Soares e Pedro "MalukoO" Dias - 2º e 3º Lugar no Campeonato de Espanha Badajoz 2008 - 7750€ cada um
- Paulo "Kinas" Nunes - 22º Lugar no WSOP Event#52 2008 - 17206$
- Diogo "Segrob" Borges - 402º Lugar WSOP Main Event 2008 - 28950$
- Pedro "SocioAnónimo" Poças e João Barbosa - 54º e 48º Lugar no EPT Barcelona 2008 - 12400€ e 14900€ respectivamente
- Tomé "TcMoreira" e Roberto "Oversleep" Machado - 30º e 28º Lugar no WSOPE Main Event 2008 - 25340 libras cada um

...entre outros.

Ainda ontem, José Quintas ficou em 2º lugar no Evento 1 do Malta Poker Tour, arrecadando 20000€. Não acham que será algo a que se deve começar a dar a devida atenção? Há qualidade em Portugal também no poker.

domingo, 28 de setembro de 2008

Querem Rir?

Para análise do Benfica x Sporting de ontem, proponho a leitura de um artigo do site oficial do Sporting. Divirtam-se:

O futebol tem destas coisas

" Dois lances de bola parada ditaram um resultado injusto (0-2), já que a equipa que foi sempre superior saiu do relvado sem qualquer ponto, perante um adversário que passou 90 minutos a chutar a bola para a frente.

O Sporting entrou no jogo perto de marcar, com Yannick, que fez dupla com Postiga no ataque, a aparecer isolado – após lançamento longo de Miguel Veloso, que se estreou a titular no presente campeonato – mas, perante Quim, o jovem avançado «leonino» rematou por cima. Apesar de não ter chegado à vantagem, este lance serviu para silenciar o estádio e por a defesa em linha encarnada em sentido.

Depois, o que se esperava, o Benfica a usar sempre os lançamentos longos para a cabeça de Cardozo para construir o jogo através das consequentes «segundas bolas», com o Sporting a alternar entre a colocação da bola entre a defesa e Quim, para aproveitar a velocidade de Yannick, e a construção paciente, mudando a bola de lado as vezes necessárias até encontrar superioridade numérica nos corredores laterais, com a subida do defesa do lado da bola. Esta maior posse de bola «verde e branca» levou ainda a que a equipa de Paulo Bento controlasse os ritmos do jogo, com o Benfica apensa a criar perigo, relativo, em pontapés de canto e livres laterais.

O treinador benfiquista reconheceu essa superioridade na intermediária e colocou, no regresso dos balneários, Katsouranis no meio-campo, passando Martins – que saiu lesionado – para a direita, e o jogo «veio vivo», com Jorge Ribeiro, primeiro, e João Moutinho, depois, a colocarem aprova os guarda-redes, com remates de fora da área, seguindo-se um remate de Miguel Veloso, após livre lateral, por cima da barra.

O Sporting voltou a tomar conta do jogo, controlando-o e dominando-o, cabendo aos «leões» as melhores oportunidades para marcar, sobretudo em remates de fora da área. E no melhor momento sportinguista no jogo, o Benfica marcou, por Reyes, após lançamento lateral junto à área de Rui Patrício. De imediato, Paulo Bento lançou Derlei, mas o Benfica voltou a marcar, no minuto seguinte, por Sidney, num cabeceamento após livre lateral.

Entrou Pereirinha e Liedson – de regresso após cinco meses de paragem por lesão – para os lugares de Abel e Romagnoli, e os «verdes e brancos» continuaram a jogar perto da área adversária até ao final do encontro, procurando por todos os meios chegar ao golo que o recolocasse na discussão do jogo. Não apareceu e o Sporting perde, injustamente, pela primeira vez no campeonato, mas mantém-se à frente dos seus adversários directos na luta pelo título
. "

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Para Quem Ainda Não Percebeu...

Para aqueles que ainda continuam a acreditar no Pai Natal e ainda acham que a culpa da subida dos produtos petrolíferos é do Governo, aqui vai:

" A Organização de Países Produtores de Petróleo (OPEP) deve provavelmente reduzir a sua produção de petróleo no primeiro trimestre de 2009, para evitar que os preços do ‘ouro negro’ caiam abaixo dos 100 dólares "

Resta dizer que a ordem já foi dada. Vão ser produzidos menos 520 mil barris/dia. Já perceberam agora onde está o problema?

terça-feira, 9 de setembro de 2008

O Belo Exemplo

Aqui transcrevo um texto de um blog muito bom (http://tertuliabenfiquista.blogs.sapo.pt/) relacionado com uma matéria com muito interesse. Ora vejam:

" Uma cotovelada não vista pelo árbitro mas transmitida pela televisão é igual a castigo.
Uma bola na baliza (recordo aqui uma "espécie" de frango à la Baía" cozinhado com violência pelo Petit) que o árbitro não viu ou um golo que nasce de um lance irregular é o mesmo que dizer "temos pena, talvez p'rá próxima sejam vocês os beneficiados!"
Ou seja, é aqui que eu me sinto burro, as imagens televisivas afinal servem para quê? Melhor ainda, as imagens televisivas devem e isso sim, servir para meio quê! A outra metade do quê não se pode avaliar pela televisão.
Muito coerentes! Meus amigos, deixemo-nos de merdas tretas! Ou é para tudo ou não é para nada!
E como diz o Pedro F. Ferreira, "sinto-me a viver em Portugal!"
"