segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Guerra Sem Fim

Não gosto da forma como a maioria da comunicação social trata a guerra no Médio Oriente. As noticias saiem com um teor altamente distorcido e, de certa forma, pretendem establecer um conceito: Israel, os maus; Palestina, os bons.

As noticias não têm informação completa e dão a ideia, aos mais desatentos, que se trata uma agressão pura e simples ao povo palestiniano. No meu entender, é algo totalmente errado. Não me vou por a falar sobre quem terá razão na questão de fundo, pois provavelmente nenhum deles terá. As suas exigências colidem quase na totalidade e receio que tenhamos um conflito para durar nas próximas décadas.

Para começar, olha-se para esta ofensiva como apenas uma manobra militar israelita. No entanto, não é preciso recuar muito para perceber que foram os palestianianos que declararam, unilateralmente, que a trégua que durava há cerca de meio ano estava encerrada e iniciaram o lançamento de rockets sobre território israelita. É verdade que normalmente vemos maiores consequências nos bombardeamentos israelitas mas isso apenas tem a ver com o seu maior poderio militar.

Outro aspecto que me faz muita confusão é como é que os palestinianos continuam a compactuar com um governo que usa o povo como escudo humano, para enganar a comunidade internacional. Muitos armázens de armas são colocados ao lado ou por baixo de escolas, hospitais e bairros residenciais. Há cerca de uma semana, uma escola foi bombardeada e morreram várias pessoas nesse ataque. No entanto, depois de algum estudo, chegou-se à conclusão que a arma usada no ataque apenas daria para fazer um décimo do estrago que realmente se verificou. Elucidativo, não?

Mais uma vez digo que não tomo partido por nenhum dos lados. Simplesmente, pede-se realismo e pragmatismo na informação, pois, neste momento, assiste-se a uma verdadeira diabolização de uma das partes.

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